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A mostrar mensagens de outubro, 2014

And the prize for Worst Book Cover goes to...

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Ray Bradbury não merecia. Aliás, parece sina. Todas as capas das edições portuguesas dos livros de Ray Bradbury são de uma barbaridade a raiar a inverosimilhança. Aqui, sim, se justifica dizer «Don't judge a book by the cover». Ao que acrescentaria: «Burn it, Montag!» 

Yes, Mr. Cohen

«Looks like freedom but it feels like death, it's something in between, I guess it's closing time.»

A comida e a mentira

Se olhares para o outro e lhe vires as mãos caídas no espaço entre garfadas, chegou a hora de fazer as malas e partir. Porque comer é o gesto primeiro e no gesto primeiro está sempre a verdade primeira, aquela que precede e comanda a segunda e a terceira e a quarta. Em suma, comer converte-se na porta que abre para o território da mentira. 

O céu de Cormac McCarthy

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Hey pig, piggy, pig, pig, pig / All of my fears came true

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A distância

Só num mundo próximo, preenchido num mundo ausente. A distância é uma geografia do espírito,  uma ponte sem quilómetros, uma sabotagem espiritual. Eis uma definição possível.

Casa

Casa - o mais abstracto dos substantivos, porém tão concreto quando ausente. No fundo, é o que todos fazem entre o ventre e o fundo da terra: procurar o abrigo deixado a decoberto no intervalo.

Nova estupidez da Academia Sueca

De novo a estupidez, desta vez em forma de ajudinha à culturalmente decadente (moribunda talvez seja mais acertado) nação que é a França. Se fosse o Pascal Quignard, a coisa ainda passava, mas o absolutamente mediano e banal Patrick Modiano? E o Philip Roth? E o Amos Oz? E a Joyce Carol Oates?  Reformulo: E o Philip Roth? E o Philip Roth? E o Philip Roth? Tudo bem que ele agora vai fechar para obras (permanentes, a fazer fé nas palavras do próprio), mas deveria ser para ele. Teria de ser para ele. ...

Tempos da percepção

Quantos de nós vão vivem em diferido, atrasados em relação às coisas?  No que a maioria vê defeito, vejo virtude: ser humano e máquina em simultâneo, criatura da contemporaneidade, que pode premir botões para trânsitos anteriormente impossíveis. Inteligência de analisar o tempo, a simultaneidade de passado e presente, e assim a convocação de uma lucidez mais certeira. Mais: todo o homem deveria existir em diferido. O mundo seria certamente uma balança mais equilibrada.   

Did you know what I lost? Do you know what I wanted?

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Desgaste

Tudo nela lhe soava a falso, inclusive a verdade.