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A mostrar mensagens de dezembro, 2016

Tudo ainda tão igual

Dez. 1913 Sá-C[arneiro] O que v[ocê] foi fazer; Sá-Carneiro! O que você foi fazer...! Pois v[ocê] não vê que para esta gente o perceber v[ocê] precisa escrever como o Dantas, como o Alfredo da Cunha, como o † ? Pois v[ocê] não vê que para esta gente o apreciar v[ocê] precisa ir fazer conferencias ao Brasil como o J[oão] de B[arros], asnear na capital como o Manso que veio de Coimbra. Pois v[ocê] não vê que para esta gente o elogiar v[ocê] tem que andar a bajulal-os na rua e nos cafés, como fazem os Dantas, os Cunhas, os Sousas Pintos? Já o Mário Beirão cahiu em escrever, e agora ahi vem você e publica-se. Depois — peor asneira — v[ocê] escreve europeiamente! V[ocê] escreve sem vêr a patria e a sua obra, que eu creio genial, esbarra com o provincianismo constante da n[ossa] attitude. Para nós o universo está entre Mesão e Villa Real de Santo Antonio. Ó desgraçado, ó desgraçado!... Isso é bom para França, para Inglaterra, para a Allemanha... Lá os Joões de Ba

Virgilio Piñera ao alto, Snob e Pedante

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Ei-lo em Portugal por boas mãos. Livro maior que faz sangrar. Edição: Colecção Pedante Selecção e tradução: Rui Manuel Amaral

A mais certeira definição

«O conto é uma gaiola à procura de um pássaro.» Franz Kafka