A mulher no café

Hoje, no café, a mulher sentada na mesa do canto comia sopa voltada para a parede. Não mexia a cabeça, como se estivesse de castigo. 
Consegui ver-lhe a cara, de raspão, quando fui à casa de banho. Ela desviou-se, como se estivesse de castigo. 
No regresso à minha mesa, apressei-me, tinha de a encontrar. Procurei na ementa (duas vezes a percorri), mas não existia. Onde estava a sopa de lágrimas?

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