A trepar lentamente os parênteses, encarando o mundo habitado sobretudo por pontos finais e vírgulas, que não oferecem qualquer resguardo. Sinais tão importantes quanto traiçoeiros. E é assim.
Um debate na televisão sobre um jogo de futebol realizado no «norte do país» [sic (duplamente)]. Um dos intervenientes diz isto: «Há que dar os parabéns ao norte pela sua capacidade de organização.» Todos assentem. No mesmo dia houve um acontecimento importante em Lisboa. Do lugar e suas capacidades ninguém disse coisa alguma. Continuo a olhar para o televisor sem saber o norte.