Aleksandr Blok
[...]
Tens uma cicatriz no pescoço,
Kátia, a cicatriz de uma facada.
No peito, Kátia,
tens uma unhada fresca!
Eh, eh, dança!
Que pernas tão bonitas!
Levavas roupa de rendas;
por que não agora?
Fodias com oficiais,
por que não agora?
Fode, fode!
O coração salta-me no peito!
Recordas, Kátia, aquele oficial,
que não se salvou da navalha...
Não te lembras dele?
Ou não tens a memória fresca?
Eh, eh, refresca-a,
mete-me na cama contigo!
Polainas cinzentas levavas,
e tomavas chocolate,
ias prà cama com cadetes...
Agora vais com soldados?
[...]
Do poema «Os Doze», de Aleksandr Blok
Poetas Russos
Edição: Relógio d'Água
Tradução e prólogo: Manuel de Seabra
Tens uma cicatriz no pescoço,
Kátia, a cicatriz de uma facada.
No peito, Kátia,
tens uma unhada fresca!
Eh, eh, dança!
Que pernas tão bonitas!
Levavas roupa de rendas;
por que não agora?
Fodias com oficiais,
por que não agora?
Fode, fode!
O coração salta-me no peito!
Recordas, Kátia, aquele oficial,
que não se salvou da navalha...
Não te lembras dele?
Ou não tens a memória fresca?
Eh, eh, refresca-a,
mete-me na cama contigo!
Polainas cinzentas levavas,
e tomavas chocolate,
ias prà cama com cadetes...
Agora vais com soldados?
[...]
Do poema «Os Doze», de Aleksandr Blok
Poetas Russos
Edição: Relógio d'Água
Tradução e prólogo: Manuel de Seabra