O real e o ficcionado

«Às vezes interrogo-me por que razão não sabemos interpretar a vida com a mesma nitidez, com a mesma equanimidade, que um filme ou um romance. E penso que mais valia tentar vê-la sempre assim, como uma representação fictícia, confiando acima de tudo no nosso instinto de espectadores ou leitores, que falha muito menos que o nosso discernimento de cidadãos.»

Javier Marías, Selvagens e Sentimentais - Histórias do Futebol
Edição: Dom Quixote
Tradução: Salvato Telles de Menezes