Enrique Vila-Matas e o desconcerto
Serei o único a terminar os livros de Enrique Vila-Matas com a sensação de ter sido contaminado? Quando o volume se fecha, por muito bem que o esconda, há um miasma que sempre me encontra. Com o espírito desorientado e dissonante, instala-se em mim a concomitante vontade de compreender e de fugir - com força igual. Um acicate venenoso, é isso que Vila-Matas me propõe. Que espécie de reverso é esse que se desvenda nos seus livros?
Mas a verdade é que regresso a ele, sempre.