A mão

   A mão que acariciou a mulher foi a mesma que premiu o gatilho. 
    Agora olha para a mão e pondera, fascinado, aquilo de que ela é capaz. Ergue-a bem alto, e em seguida afunda-a na terra, repetindo o gesto numa coreografia bizarra. 
    É difícil adivinhar o que pensará por esta altura. O único dado inequívoco é que gargalha (de felicidade), como se a mão fosse o baloiço e ele a criança.

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